terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

SER MAÇOM - A ARTE DA BUSCA

 

 


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A minha primeira tentativa de ingressar

 na maçonaria aconteceu em 1974, 

no Rio de Janeiro.


 



Eu era um dublê de garçom e jornalista, (freelance ou foca), como era conhecido quem iniciava na lide jornalística naquele tempo.

Morava na rua do Lavradio, nº 122, quase em frente ao Palácio Maçônico do Grande Oriente do Brasil o que, de certa forma, contribuiu para que eu fizesse esta tentativa ali mesmo, numa das lojas que funcionavam naquele suntuoso Castelo.

Todavia, logo em seguida, maio de 1975, as coisas mudaram, tive que voltar para o Ceará, o que inviabilizou, assim, o prosseguimento do processo para ingressar numa loja do Rio de Janeiro.

Através da pessoa que me indicou, fiz as comunicações devidas e voltei a minha terra.

Somente em 1976, já morando em Fortaleza, dei entrada novamente e fui iniciado em março de 1977.

Era um sonho que se tornava realidade, eu estava muito feliz e cheio de dúvidas, pois tudo o que eu conhecia de maçonaria, por curiosidade ou ouvir dizer antes de iniciar, não era nada.

Mesmo com aquela angústia da dúvida, atrevi-me prosseguir e, no dia 29 de março de 1977, uma terça feira, vi, pela primeira vez, um farol a iluminar meu futuro.

Para a minha alegria, com o passar do tempo, fui verificando que todas as expectativas e dúvidas que eu alimentava estavam sendo ultrapassadas.

À proporção que subia a escada, degrau a degrau, ia desvendando a beleza que é a proposta da Sublime Ordem Maçônica: a Deus, a Pátria, a Família, às Virtudes da Harmonia, da Amizade e, da Verdade.

Mesmo ciente de que eram valores que, provavelmente eu já os possuía. Todavia, com certeza, eu não sabia que os tinha, e esta simples amostragem, para mim, já compensaria todos os embates da injustiça sobre a justiça, do falso sobre o verdadeiro, do ódio sobre o amor que, ordinariamente também encontrei na caminhada, posto que os caminheiros que comigo andaram e, andam ainda, fazem parte da única espécie que erra conscientemente, somos humanos.

Nesse caminhar, fui entendendo que, na Maçonaria, não se ensina, só se aprende, é o exemplo e a boa vontade que contam.

E aprendi, também, que a minha trajetória maçônica seria do tamanho e da importância que eu desse a ela. Esta compreensão levou-me a encontrar o ponto de inflexão da minha existência, vislumbrando aí a possibilidades de ser e fazer a diferença na vida que se descortinava a frente.

Todas essas ideias, carregadas de significados, chegavam-me aos poucos e iam reconstruindo o meu Templo interior, tornando-me maior, melhor e mais humano.

Tudo isso chegou em boa hora, havia casado há poucos meses, setembro de 1976, havia sido aprovado em dois vestibulares: administração e Filosofia e peregrinava na vida laborando entre um emprego de vendedor nas Lojas Friolar e, a dirigir um taxi para completar a renda.

Aquela realidade levou-me a acreditar, e não me enganei, que havia acertado: eu estava onde realmente deveria estar.

Entrar para a maçonaria foi, sem dúvidas, um dos melhores passos que dei nos meus 27 anos de existência.

Disse um dos passos mais acertados, pois o primeiro e melhor passo que dei, foi o de, após 10 anos de namoro, ter casado com Maria das Graças Monteiro, minha atual esposa, sete meses antes da minha iniciação.

A partir de então comecei a entender o que significava a lógica e retidão do esquadro, do compasso e do prumo na busca da egrégora perfeita, como força espiritual geradora de energias vitais na manutenção dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

Percebi também que o melhor local para encontrar a minha felicidade era na felicidade do outro e, que a busca permanente é o equilíbrio entre a unidade e a diversidade.

Aos poucos, fui entendendo a harmonia perfeita proclamada no salmo 133, e percebendo que ali estava a energia concentrada que gera a força de coesão e mantém o grupo unido, apesar, não importa, da nítida consciência ou não, rumo ao Uno Sagrado presente na Divindade onde Pai, Filho e Espírito Santo, são um só, que é Deus – O Grande Arquiteto do Universo.

Hoje, já existem elementos para concluir que o sonho rumo ao uno divinal é, apenas sonho mesmo e, que nele devemos permanecer, pois o que conta é a esperança da busca, somos pobres humanos imperfeitos, temos que entender que para toda tese sempre haverá uma antítese geradora do movimento para que a roda da vida gire.

Por isso não é mais de se ignorar o fato de que na Maçonaria, infelizmente, são encontrados maçons, com “m” minúsculo, que usam avental mas não laboram na senda da lapidação da sua pedra bruta e, também irmãos que nasceram e se educaram maçom, sem nem saber que maçonaria existia que, mesmo profanamente, mereciam usar a nossa indumentária de trabalho.

Talvez por isso, seja justificável ficarmos sempre na busca, pois a perfeição é divinal e inatingível.

Para nós, o que conta é o a busca do Uno perfeito que é Deus, para nós, o Grande Arquiteto do Universo. Que assim seja. Que a busca continue!

 

*Domingos Pascoal de Melo

 










sábado, 3 de fevereiro de 2024

Casa onde nasceu o Padre Mororó

 Comissão visita, em Groaíras, o lugar onde nasceu Padre Mororó

BLOGSDOMINGOS PASCOAL

em 5 mar, 2022 8:33

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NOS PASSOS DE PADRE MORORÓ.

HEROI NACIONAL, MÁRTIRE DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR, FUZILADO POR DETERMINAÇÃO DE D. PEDRO I, NO DIA 30 DE ABRIL DE 1825.

Dia 27 de dezembro de 2021, às 8h30m, dezessete Groairenses estiveram (quinze presentes e dois representados) numa missão histórica, na busca de descobrir e delimitar a área onde era a casa do Alferes Félix José de Souza Oliveira e Theodósia Maria de Jesus Madeira, pai e mãe de GONSALO INÁCIO DE LOIOLA ALBUQUERQUE e MELO, também conhecido como Padre Mororó, que ali nasceu, no dia 24 de julho de 1778, e morreu, heroicamente, executado pelas forças imperiais de Dom Pedro I, no dia 30 de abril de 1825. As ruínas da casa, já quase imperceptíveis, situam-se no bairro Padre Mororó, ficam a uns cem metros da ponte e à margem direita da Rodovia CE – 179, que liga Groaíras a Sobral.

 

Tentativas de delimitar este espaço já foram realizadas, pelo menos, por duas vezes, segundo se tem notícias. Groairenses de boa-vontade e, em épocas diferentes, estiveram ali intencionados em conhecer e validar a história e a memória deste herói, de projeção nacional, nascido em Groaíras. A primeira visita aconteceu no início dos anos sessenta, quando o então prefeito, senhor Raimundo Antônio Cassimiro, formou um grupo composto por: João Batista Cassiano, José Paulo Azevedo, Chico Cassimiro, Domingos Alves Melo e Francisco Feijó, que compareceu àquele local e fixou, num pé de juazeiro existente nas proximidades, uma placa indicativa de que ali havia nascido PADRE MORORÓ. Este ato foi repetido na década de setenta, por outro grupo liderado pelo então prefeito, Cesário Feijó de Melo, Monsenhor Raimundo Cleano, Adauto Cassimiro e mais algumas outros ilustres Groairenses, de cujos nomes não sabemos precisar e, também, na ocasião, fixaram, numa estaca, uma placa de flandres com dizeres se referindo ao lugar onde nascera, em 1778, o filho mais ilustre de Groaíras.

Na comissão do dia 27 de dezembro de 2021, próximo passado, compareceu o acadêmico Dr. Domingos Alves Melo, uma das duas pessoas, que têm conhecimento da existência daquele lugar, pois ainda alcançou os escombros de paredes e forquilhas de aroeira e outras peças ainda aparentes da já mais que bicentenária construção. O outro Groairense que também tem este conhecimento é o nosso mestre maior, o jornalista e acadêmico Dr. Raimundo Nonato Ximenes, decano da Academia Groairense de Letras que no dia 15 de janeiro de 2022 completará 99 anos de idade e, que embora tivesse muita vontade de se fazer presente, àquele ato histórico, não foi possível viajar, ficando, no entanto, na sua casa em Fortaleza, torcendo para que tudo desse certo como, de fato, aconteceu, e a visita foi um sucesso. Para nós, que ali estávamos, era como que o Dr. Ximenes estivesse presente.

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A comissão, constituída por representativas personalidades de Groaíras, contou com as ilustres presenças: do vice-prefeito de Groaíras, Wilker Donato, do presidente da Câmara Municipal de Groaíras, vereador Cláudio Camilo, da desembargadora federal do trabalho, acadêmica Maria das Graças Monteiro Melo, do secretário da cultura, professor Luiz Carlos Rodrigues, do secretário da agricultura, Sociólogo Ney Oliveira, do acadêmico Adauto Cassimiro, do assessor jurídico da Câmara Municipal e vice-presidente da Academia Groairense de Letras, acadêmico Dr. Raul Hélio Feijão, do professor e acadêmico Domingos Pascoal de Melo, da professora Cláudia Memória Feijão, da jovem poeta Rauanny Memória Feijão, do senhor Cesar Martins, chefe de gabinete do senhor prefeito municipal de Groaíras, do vereador Clerton Paiva, do jornalista José Maria Mota o Motinha, do comunicador e acadêmico, João Martins, e do senhor Flávio Aprígio. Na oportunidade, estiveram representados: o senhor prefeito Municipal de Groaíras, Adail Melo e o acadêmico, Dr. Gilberto Feijão.
O evento foi todo documentado através de fotos, vídeo e, ao final de tudo, foi lavrada uma ata que deverá ser assinada por todos que estiveram presentes e representados.

@Domingos Pascoal

fone/whatsApp 79991911234

Por: José Barros dos Anjos.                                                                                                       No dia 4 d...