quinta-feira, 29 de junho de 2017

III Encontro de Escritores Canindeenses & Convidados

18/07/2016

Tinho Santana

Membro fundador da ALAS – Academia Literária do Amplo Sertão Sergipano e da ACLAS – Academia Canindeense de Letras e Artes.
Como habitualmente, foi agendado o mês de julho para a realização do Encontro de Escritores Canindeenses e Convidados.  Esse evento surgiu como forma de incentivo à escrita, à leitura e ao desenvolvimento de várias literacias. O Sertão é o rio das letras, a cada dia, estão sendo descobertos novos aspirantes à escrita que veem nesse encontro a oportunidade de aprender com os escritores já experientes e imortalizar seus escritos através do livro por eles desenvolvidos.

Essa é a “Cidade das Letras”, onde são encontrados escritores com vários estilos literários. Isso nos mostra que neste pequeno solo sertanejo desabrocham grandes poetas, cronistas e mentores de histórias fantásticas.

No próximo dia 23 de julho, Canindé de São Francisco se tornará a cidade da literatura, pois irá acontecer o III Encontro de Escritores Canindeenses e Convidados, um evento que começou tímido e hoje já é visto como uma revolução das letras sertanejas. Esse ano também terá o I Encontro de Escritores Canindeenses Mirins. Ambos acontecerão a partir das 8 horas, no coreto da praça Ananias Fernandes dos Santos, e irá reunir-se mais de 100 (cem) escritores para, através de palestras e debates, trazerem para os jovens sonhadores uma troca de experiências. Como nos anos anteriores será lançando um livro (Seleta) patrocinado por Infographics e pela Lumia Escritório de Design.

O evento irá contribuir para expandir o conhecimento entre os participantes, estreitando o relacionamento entre os escritores já experientes e os demais escritores participantes, bem como divulgar as obras de todos os autores.

Tinho Santana - Presidente da ALAS - Academia Canindeense de Letras e Artes




quarta-feira, 21 de junho de 2017

Escritor Antônio Saracura comenta “A MUDANÇA COMEÇA EM VOCÊ”, de Domingos Pascoal de Melo


De uma hora para outra, bastou que eu publicasse o meu primeiro livro “Os Tabaréus do Sítio Saracura”, para começar a conhecer muita gente ilustre na cidade, a exemplo de Domingos Pascoal, o que me deu uma imensa satisfação.  Ele vive a literatura. Está em todos os cantos que laboram letras, debatendo ideias com dedicação integral, solícito, cordial, amigo.  Como se fosse o grande e bom gerente da jovem literatura sergipana que, ousada, tenta mais uma vez, colocar a cabeça de fora, querendo ser reconhecida. Comparece aos lançamentos, até em remotos burgos, prestigiando, indistintamente, todos os tecedores de palavras, que também o é.
Conheci-o pessoalmente agora, mas já o sabia imortal da Academia Sergipana de Letras e autor de artigos que me lembravam os mestres Marins, Lair, Içam e Shinyashiki.  A revista Perfil publicava suas crônicas e, por isso, eu achava até que ele fosse itabaianense, já que a revista, pelo seu intestino, parecia-me ser. Sabia também que era autor de um livro intitulado “Experimente Mudar”, que via no mostruário das livrarias da cidade e que compulsara algumas vezes, gretando o conteúdo. 
“A Mudança Começa em Você” é o segundo livro de Domingos Pascoal. A exemplo do primeiro, a que me referi, é composto de lições descomplicadas para se andar melhor nesse vale de lágrimas, sempre se baseando em casos vividos ou estudados em sua vida de palestrante e cientista social. As lições calam sem machucar. Como a do padre (“Podemos colaborar com o Destino”) que morreu trinta anos antes do seu dia marcado porque não quis escutar os recados que Deus lhe mandava. Como a eterna luta dos Perdedores (perder-dores) que são derrotados por qualquer golpe irrelevante; e os Vencedores (Vencer-dores) que, diante das adversidades, permanecem confiantes na vitória.
Albert Einstein (citado na página 19 do livro) diz que a “vida não se comove nem se apieda. Tudo que faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos”.  Para que, então, ficarmos lamentando as pequenas mazelas do dia a dia?  Basta abrirmos os olhos para que as mazelas se transformem em oportunidades de sucesso.
Maria das Graças Monteiro diz na contracapa: “Precisamos encarar a vida positivamente, ser otimistas, falar coisas boas, louvando este dom especial que recebemos de Deus”.
A vida merece e certamente vai nos retribuir adequadamente.
Os textos de Domingos Pascoal prendem o leitor em suas tramas, e ensinam o jeito certo de pensar e fazer bem feito.
E conseguem!
(Publicado na revista Perfil 2012)
A MUDANÇA COMEÇA EM VOCÊ, Domingos Pascoal de Melo, Infographics, 201 páginas,2011
Isbn: 978-85-907719-1-3



domingo, 18 de junho de 2017

Execução de Pe. Mororó ocorreu há 183 anos

Filho ilustre do município de Groaíras, Padre Mororó foi um dos mártires da Confederação do Equador

Fortaleza. Há 183 anos morria Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque Melo, que consagrou-se na história do Brasil como Padre Mororó, um dos expoentes do movimento político que ficou conhecido como a Confederação do Equador. Padre Mororó foi morto a tiros de arcabuz no dia 30 de abril de 1825, numa execução ocorrida no Passeio Público, em Fortaleza, após ter sido preso e acusado de praticar três crimes: proclamação da República de Quixeramobim; secretariado o governo revolucionário de Tristão Gonçalves e redigido o “Diário do Governo”, o primeiro jornal do Estado do Ceará.

A condenação determinava o seu enforcamento porém, por não haver quem quisesse servir de algoz, a pena comutada para fuzilamento, ou melhor, tiros de arcabuz, uma antiga arma de fogo portátil, espécie de bacamarte. A crônica de Viriato Correia descreve com perfeição os últimos minutos de Padre Mororó: “Naquele dia 30 de abril de 1825 havia em Fortaleza um grande rumor de multidão emocionada. Ia ser executado pelas tropas imperiais o Padre Mororó. Na praça em que vai haver a execução, a multidão é tanta que, a custo, as tropas conseguem abrir passagem. Mororó é colocado na coluna da morte. Um soldado traz a venda para lhe por nos olhos, ´Não´, responde ele, ´eu quero ver como isto é´. Vem outro soldado para colocar-lhe sobre o coração a pequena roda de papel vermelho que vai servir d e alvo. Detém a mão do soldado: ´Não é necessário. Eu farei o alvo´ e, cruzando as duas mãos sobre o peito, grita arrogantemente para os praças: ´Camaradas, o alvo é este´. E num tom de riso, como se aquilo fosse brincadeira diz: ´e vejam lá! Tiro certeiro que não me deixem sofrer muito´.

Segue Viriato, em seu relato: “Houve na multidão um instante cruel de ansiedade... A descarga estrondou. O Padre Mororó tombou sem vida. A seus pés tinham caído três dedos da mão que as balas deceparam”.

O seu nome, como de muitos outros mártires brasileiros, encontra-se na gaveta empoeirada do esquecimento, inclusive na sua cidade natal, Groaíras, pouca atenção tem sido dispensada àquele que foi seu filho mais ilustre. Nas décadas de 60 e 70, o então prefeito Cezário Feijó de Melo, um de seus descendentes, colocou o seu nome numa rua e numa praça. Na década de 80, quando governava o município, Joaquim Guimarães Neto, foi feita a divisão da cidade em bairros, o local onde ele nasceu, conhecido como Mato Grosso, passou a chamar-se bairro Padre Mororó, porém, pouca gente hoje tem conhecimento disso e, por tal razão, continua a ser conhecido pela antiga denominação.

Falta de atenção

Naquela mesma década, por sugestão de um grupo de groairenses que criaram a Associação dos filhos de Groaíras residentes em Fortaleza, e por influência do desembargador José Maria Melo, foi construído um memorial: prédio moderno, bonito, porém, abandonado, infelizmente.

Esta falta de atenção já foi percebida, em 1975, pelo ilustre historiador sobralense, padre João Mendes Lira, que assim se manifestou: “O Padre Mororó foi tão elevado em seus ideais cívicos, religiosos e sociais quanto o General Sampaio. Por que, então, não deixar em Groaíras uma lembrança que perpetue a bravura, o destemor, o heroísmo de um homem que soube dar sua vida pelos nobres ideais que professava?”. Embora padre Lira não tenha dito expressamente, ao citar a cidade de General Sampaio, outro grande cearense, nascido na localidade que hoje tem o seu nome como homenagem, quis o ilustre professor sugerir a mudança do nome de Groaíras para “Padre Mororó”, idéia com a qual concordo e aproveito para conclamar os groairenses a apoiá-la.

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR

Religioso destacou-se na luta republicana 

Fortaleza. Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque Melo foi o nome de batismo de Padre Mororó, que nasceu no dia 24 de julho de 1778, no Riacho dos Guimarães, atual Groaíras. Ele iniciou os estudos no Interior do Ceará. Ainda moço foi mandado para o Seminário de Olinda, onde se ordenou. Como padre, foi capelão nas Vilas de Boa-Viagem, Tamboril e Quixeramobim.

Ele foi professor de língua latina em Aracati e jornalista, redator do primeiro jornal do Ceará — lançado em 1º de abril de 1824. Foi também político e secretário do governo revolucioinário de Tristão Gonçalves, quando teve participação ativa no movimento da Confederação do Equador.

Pe. Mororó destacou-se como idealizador e signatário da histórica sessão de 9 de janeiro de 1824 da Câmara de Quixeramobim. Neste dia, reunidos clero, nobreza e o povo, proclamou-se a primeira República do Brasil, rompendo assim com a monarquia absolutista de D. Pedro I.

O motivo daquela histórica sessão foi a grande traição cometida pelo imperador, que dissolveu, em novembro de 1823, a Assembléia Geral Legislativa e Constituinte que ele mesmo houvera instalado para escrever a primeira Constituição do Brasil, em maio do ano de 1823. Tudo isso aconteceu em 1824, 65 anos antes da proclamação da República, em 1889, sete meses antes da Confederação do Equador, iniciada em 26 de agosto de 1824.

Movimento autonomista

A Confederação do Equador, o mais significativo movimento autonomista e republicano acontecido no Brasil, no início do século XIX, foi causado pelo descontentamento que a dissolução da Assembléia Constituinte de 1823, e a outorga da Constituição de 1824, por D. Pedro I. Isto provocou, no Nordeste, uma insatisfação geral.

Pernambuco foi o centro irradiador deste descontentamento. No entanto, no Ceará, ao receber a notícia, vinda pelas mãos do diácono José Martiniano de Alencar, que à época estudava no seminário de Olinda, a Câmara da Vila de Campo Maior de Quixeramobim, numa memorável e heróica sessão, acontecida no dia 9 de janeiro de 1824, proclamou a primeira República do Brasil, quebrando, então, todos os laços que havia com a realeza, acusando, inclusive, o imperador de traidor da Pátria e declarando-o e toda a sua descendência decaídos dos direitos ao trono.

Determinou também que de imediato se organizasse um governo republicano para, o quanto antes, substituir o Governo Provisório existente na Capital e que ainda fora nomeado pelo usurpador deposto. Essa histórica sessão deu início ao movimento libertário que tantos sacrifícios custaram aos nossos conterrâneos.

Heróico movimento

Comandadas pelo groairense Padre Mororó — que, além de liderar, participar e subscrever aquela memorável ata, determinou que fossem enviadas deputações a outras Vilas para comunicar e conseguir adesão, como de fato sucedeu — as Câmaras das Vilas de Icó, Aracati e São Bernardo das Éguas Russas aderiram de imediato à causa, reproduzindo e fortalecendo o movimento que daí se espalhou por toda a província do Nordeste.

O heróico movimento teve figuras ilustres dos cratenses: Bárbara de Alencar e seus filhos José Martiniano e Tristão Gonçalves, do groairense, Mororó, do sergipano de Santo Amaro da Brotas, Pereira Filgueiras e tantos outros heróicos e valentes conterrâneos. Todos escondidos por trás de alcunhas como Alecrim, Anta, Araripe, Aroeira, Baraúna, Beija-flor, Bolão, Carapinima, Crueira, Ibiapina, Jaguaribe, Jucás, Manjericão, Mororó, Sucupiras, Oiticica. E, mesmo cientes de que a luta poderia lhes trazer serias conseqüências, foram adiante. De fato, muitos pagaram com a vida. 


Imagem: Internet.

Domingos Pascoal
Especial para o Regional
Publicado em 03.05.2008 em 



Academia Literária em Ação. A vez da Academia Dorense de Letras

No dia 17 de junho de 2017, a Academia Dorense de Letras – ADL – se superou e fez uma festa literária para ficar na história. Comemorou seus três anos de vida com quê? Com o lançamento de livro, é claro! Foi outorgado aos dorenses e demais escritores e leitores presentes no Colégio Estadual Fernando Azevedo a 1ª Antologia da Academia Dorense de Letras.

Parabéns! De fato foi uma grande festa literária com a presença de quase todos os acadêmicos dorenses e representantes das demais Academias de Sergipe. Estavam lá: da Academia Canindeense de Letras, Acadêmica Egiciane Lisboa; da Academia Gloriense de Letras, o presidente, Acadêmico Lucas Lamonier e o Acadêmico Carlos Alexandre; da Academia Cristinapolitana de Letras e Humanidades, a presidente Acadêmica Solange da Gama Pinheiro e Acadêmica Marisa Medreiros; da Academia Itabaianense de Letras o Vice-presidente, Acadêmico Antonio Saracura; da Academia Sergipana de Letras, Acadêmico Domingos Pascoal.

Estavam também os representantes dos Jovens Cronistas do Sertão, de Monte Alegre/Glória, da Ong Cultivar de Gado Bravo Sul, com a suas Líderes: Acadêmica Delúcia Sobral e Viviane Cardoso; festa teve a organização dos Acadêmicos Dorenses: Professora Maria de Lourdes Santos Serqueira (professora Lulu), professor e Acadêmico Luiz Carlos, Acadêmico Ary Pereira, e do presidente, Acadêmico João Paulo, e outros...

Naquela festa foi organizada a mesa do sonho de todo escritor que participa de um livro coletivo, como foi a 1ª Antologia da Academia Dorense de Letras. Uma mesa com todos os 35 escritores participantes do Livro sentados de um lado e as pessoas que queriam autógrafos, fazendo fila do outro lado, colhendo a assinatura de todos... Foi lindo!

Sinceramente, sentimos falta das pessoas que sempre nos acompanham nestas viagens: Acadêmica Salete Nascimento ADL/AEL. Acadêmica Educadora Cris Souza, presidente da ALES -Academia de Letras Estudantil de Sergipe, Acadêmica Neide Honorato, Secretariada ALES, da Academia Riachuelense de Letras e Artes: Jodoval Luiz, presidente, Acadêmica Katia Marinho, Acadêmico Ancelmo Oliveira, Acadêmico Barreto Colchoes, Acadêmico José Garcez de Gois, da Academia Maçônica; Acadêmico Euclides, Academia Largatense de Letras...

Faltou alguém? Lembrem-me.




















domingo, 11 de junho de 2017

Lançamento da Revista Impactos

Saracura, Dr. Almir Santana, professora Cristina Ramalho, Dr. Italo de Melo e eu estivemos na progressista cidade de Itabaiana em mais um grande evento, o lançamento da REVISTA IMPACTOS, que em seu primeiro número homenageou o Dr. Almir Santana. A nossa referência maior quando o assunto é servir. São 30 anos dedicados exclusivamente em fazer o bem. Parabéns a INEZINHA E EDSON pela revista. Ficou linda e com conteúdo muito bom. Parabéns também pela escolha da personagem para a capa, não podiam ter escolhido melhor. Dr. Almir Santana dispensa qualquer comentário. E parabéns ao Dr. Almir por estes 30 anos de dedicação exclusiva em fazer o bem sem perguntar a quem.








quarta-feira, 7 de junho de 2017

Discurso de Posse Domingos Pascoal de Melo na cadeira 17 da Academia Sergipana de Letras

20 de outubro de 2009, Aracaju/Sergipe

Historicamente, a primeira academia de que se tem notícia é a que foi fundada na Grécia antiga. O herói grego Academus fez construir um ginásio em certo bosque situado nos arredores de Atenas. Nesse Ginásio, tempos depois, Platão fundou uma escola de ensino filosófico. Ali, sob a orientação daquele mestre, muitos alunos, entre eles o grande Aristóteles, praticaram a arte do diálogo, da discussão, da lógica e da dialética como formas de desenvolver o conhecimento de diversos campos do saber como a filosofia, a matemática, a música, a astronomia e a legislação.

Por ser o lugar conhecido como Jardim Academus, a escola de Platão ficou sendo chamada de Academia Platônica. Desde então, os elementos de um grupo que se reúnem para estudos de temas literários, filosóficos e semelhantes, ficaram conhecidos como integrantes de uma academia, ou simplesmente acadêmicos. O modelo acadêmico brasileiro segue o padrão francês. A Académie Française foi fundada pelo Cardeal de Richelieu em 1635, sob o reinado de Luís XIII de França. Aquela Academia, por sua vez, teve como molde a ‘’Accademia del Disegno’’ criada em Florença, em 1562, por Giorgio Vasari.

No Brasil, o Ceará foi o primeiro Estado a criar uma Academia. A Academia Cearense de Letras, fundada no dia 15 de agosto de 1894, três anos, portanto, antes da instalação da Academia Brasileira de Letras, no dia 20 de julho de 1897. A Academia Sergipana de Letras, por sua vez, foi fundada no dia 1º de junho de 1929. Seguindo, ainda os moldes da “Académie Française” permanecem, nos Sodalícios brasileiros, com muita significação, alguns protocolos e ritualísticas que sustentam a tradição, enobrecem as Academias pátrias e, por extensão, todos aqueles a quem a vida premia com a ascensão a uma das cadeiras dessas casas de cultura e de saber.

Cá estou, portanto, senhoras e senhores, atraído pelos eflúvios desta história belíssima das academias e dos que delas fizeram e fazem parte. Atrai-me a Academia por ser guardião e foro da nossa cultura. Seduzem-me, também, os protocolos e as liturgias remanescentes ainda na “Académie Français”, fundada por Richelieu, e transformados em pilares que sustentam a tradição secular. Nessas augustas casas, entre ordenamentos acadêmicos-literários, e literários, capelos, fardões, estolas e rituais, acontecem também as discussões, as investigações, as argumentações e as reflexões das ideias sobre o mundo e o homem, sobre ter e o ser, sobre o sonho e o real. Resgatam-se a memória, a história e a essência na busca dos sentidos registrados de um passado que serve de base para a construção de um futuro. Estou chegando, Senhor Presidente. Sei que sonhei alto, corri atrás deste sonho, Deus foi generoso. Aqui estou. Aqui estou talvez cometendo a maior ousadia da minha vida. Propondo-me a preencher o impreenchível, substituir o insubstituível, ler um mundo diferente e, para mim, quase ininteligível; posto que Cadeira 17 desta Augusta Casa acomodou em seu espaldar, desde 1929, três grandes luminares da expressão literária, humana e cultural de Sergipe.

Tem como patrono o médico, professor catedrático e militar ASCENDINO ÂNGELO DOS REIS. O Professor Ascendino nasceu em 20 de abril de 1852, em Divina Pastora/SE. Filho de João Francisco dos Reis e Dona Rosa Florinda do Amor Divino, colou grau de doutor em medicina pela Faculdade da Bahia em 1874, defendendo a tese “Diagnóstico diferencial das moléstias do coração”. Foi nomeado 2º Tenente do Corpo de Saúde do Exército, em 1875; sendo designado para a guarnição de Sergipe, onde permaneceu por dez anos, até 1885. Depois, ocupou os cargos de lente de inglês e história, no Atheneu Sergipense, diretor do Parthenon Sergipense, professor de história na Escola Normal e médico gratuito no Asilo Nossa Senhora da Pureza. Em 1886 foi transferido para São Paulo, onde se bacharela em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 25 de novembro de 1889. Reformado como Major em 1899, continua como professor por mais oito anos, até 1907. Logo após a fundação da Faculdade de Medicina de São Paulo, em 05 de fevereiro de 1914, é nomeado lente catedrático de Farmacologia e Matéria Médica, onde ficou até 16 de setembro de 1926.

A Cadeira 17 deste Sodalício teve como fundador o eminente juiz, professor, poeta, ficcionista, romancista e contista, MANUEL DOS PASSOS OLIVEIRA TELES: Nasceu o ilustre literato na vizinha e próspera cidade de Nossa Senhora do Socorro, no dia 29 de agosto de 1859. Eram seus pais o sacerdote Antônio Muniz Teles e Dona Maria Luzia de Oliveira Pita. Com 11 anos de idade, mudou-se para Aracaju onde, como aluno, frequentou até 1877 o Atheneu Sergipense. Em 1880, alça voo para o Rio de Janeiro, onde estudou no Seminário e na Escola Politécnica. Porém, a sua estada na Cidade Maravilhosa foi muito curta, pois logo abandona tudo e vai morar no Recife onde cursou Ciências Jurídicas, e bacharelou-se em Direito, no dia 05 de novembro de 1885. Ainda acadêmico de Direito, foi nomeado promotor público, por curtos períodos, para as cidades de Mossoró, no Rio Grande do Norte e Itabaiana, em Sergipe, onde ficou até 1886. Exerceu o cargo de Administrador da Mesa de Rendas Federais de São Cristóvão e professor da disciplina de língua grega, no Atheneu Sergipense, por nomeação ocorrida no dia 04 de julho de 1898. Foi também diretor de Instrução Pública e professor da Escola Normal, no período de 1898 a 1905, exonerado por ter assumido o cargo de Magistrado na cidade de Estância, dali removido em 1906, para a Comarca de Aracaju, onde, nomeado em 1913, Juiz de Direito da 1ª Vara da Capital, nela ficou até a sua aposentação.

Em 1923, foi por Graccho Cardoso, então presidente da província, encarregado de organizar as obras completas de Tobias Barreto, publicando, em 1924, “MISSÃO TOBIÁTICA AO RECIFE”. Foi colaborador de vários jornais, entre eles: “O MICROSCÓPIO” de Recife, 1882; “O ESTADO DE SERGIPE”, 1900 A 1910; “BELO SEXO”, 1882, “O PORVIR”, 1886; “LARANJEIRENSE”, 1887; “GAZETA DE SERGIPE”, 1891 a 1892; “FOLHA DE SERGIPE”, 1894 a 1898; e “A.B.C.” do Rio de Janeiro, 1923. Jackson da Silva Lima, insigne historiador deste Estado, no livro “História da Literatura Sergipana”, assim fala sobre a obra de MANUEL DOS PASSOS OLIVEIRA TELES. “Por volta de 1877, iniciou-se no trato com as musas, adotando os esquemas esclerosados do ultrarromantismo, subjetivista e piegas. Vez por outra, tenta o modelo condoreiro abastardado, então em voga na província. Na década de 90, em trabalho a que deu o nome de Cristofaneida, adere à forma parnasiana do soneto e passa a literatizar os usos e costumes tradicionais, dentro da linha sertanista de Severino Cardoso. Alguns títulos servem para ilustrar essa tendência: As ilhas, A Vingança do Rio e o Vale do Medo – poetização de lendas sergipanas; A doença – quebranto e reza; A Surra do Coqueiro – recurso para haver frutificação; Madrinha de Apresentar – estratagema para livrar alguém dos encantos da Caipora.

No campo da teatrologia, a sua experiência se restringe ao drama em verso – A Conquista de Sergipe, iniciada em 1900 e concluída em 1903, mas que só veio a ser publicada em livro mais de meio século depois, em 1961. Nos cinco atos em que se desenrola a ação épico-dramática, sempre está presente a visão do conquistador e do elemento branco; o índio, praticamente inexiste: é apenas um eco distante, sem a menor importância histórica. Em Contos e Novelas Sergipenses (1911 e 1912), reuniu de próprio punho, todo o seu repertório ficcional, cuja maioria havia sido divulgada em jornais de Aracaju. MANOEL DOS PASSOS DE OLIVEIRA TELES faleceu no dia 15 de maio de 1935.

Senhoras e Senhores acadêmicos, um povo, uma nação só vive porque pensa. A força e a riqueza não bastam para provar que uma nação vive a vida que merece ser glorificada pela História, sem a criação, sem as ideias, sem o pensar. Só o pensamento, a criação, a literatura e as artes dão grandeza aos povos, atraem para eles universal reverência. É o pensamento a maior riqueza de um povo. Por isso, senhoras e senhores, bendita seja esta Academia Sergipana de Letras, porque abrigou e abriga mulheres e homens que guardam em si o pensamento, tesouros de verdades, belezas, ideias e sensibilidades que nos garantem suplementos de existência e suprime o nosso déficit de beleza, nesta busca incessante do melhor, do mais perfeito.

É nesta busca que me encontro no dia-a-dia. E a suprema honra de hoje assomar a esta Casa do Saber, em que pese o assustador desafio de suceder ao eminente e brilhante jornalista, ficcionista, crítico literário e poeta MÁRIO DE ARAÚJO CABRAL, é um momento de profunda reflexão, pois inútil seria, decerto, nestas laudas fragmentais, procurar a suma do alto e livre pensar desse ilustre sergipano, do seu saber tão fundo e tão certo, de sua independência, de sua livre elasticidade de espírito e intensa sinceridade. Nos tempos incertos e amargos de hoje, um sergipano dessa estirpe não pode ficar longe, na mudez de um mármore, no silêncio incômodo do tempo. Temos que revelá-lo à memória de todos como o grande criador de civilização e cultura.

Mário Cabral era o primogênito do ilustrado casal Antônio Cabral e Maria de Araújo Cabral. Os mais novos, pela ordem cronológica: Marco Antônio, Muciano, Mabel, Margarida e Antônio Carlos Filho. Meu antecessor casou com sua primeira namorada, Sylla. Quando se conheceram, ele tinha treze e ela dez anos. Do relacionamento nasceram três filhos: Malba, Selma e Mário Cabral Filho. Fez o curso primário no Colégio Antônio Vieira, em Salvador e o secundário no Atheneu Sergipense, formando-se em Direito em 1937, na Faculdade de Direito da Bahia. Foi promotor público da comarca de Itabaianinha, advogado, procurador e prefeito desta capital, em 1952, além de diretor da revista de Aracaju e do Sergipe Jornal. Em 1955, passou definitivamente a viver em Salvador, onde foi diretor do Teatro Castro Alves, redator-chefe do Diário da Bahia, consultor jurídico e procurador daquele Estado. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, das Associações baiana e brasileira de escritores e do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia. Foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia de Sergipe. No seu memorialismo, Mário Cabral ilustra a galeria do gênero, ao lado de Gilberto Amado, Antônio Carlos Villaça, Ulisses Lins e Augusto Meyer.

Não escreveu Mário Cabral apenas livros de relembranças, mas, sobretudo, de impressões e reflexões. Seu memorialismo encerra um significado que ultrapassa, em poderes de transfiguração do episódico, os limites da vivência real. Ele extrai dos homens, das coisas e dos fatos uma imagem que reúne poesia e realidade. Em “Espelho do Tempo”, no texto intitulado “sobre os meus pais” presta um tributo de amor, saudade e respeito a seus pais, de forma comovente e exemplar: “Meu pai foi o meu amigo de todas as horas, chamava-se Antônio Cabral. Mantinha comigo longas palestras vivas e inteligentes. Trocávamos idéias. Discutíamos temas. Falávamos de assuntos políticos e sociais, como, também, de assuntos literários e artísticos: Charles Chaplin no cinema, Abraão Lincoln na política, Eça de Queirós na literatura, Mozart e Beethoven na música”. “Minha mãe, Maria de Araújo Cabral, passou pela vida sem deixar estória. Órfã de pai e mãe, morava na cidade de Aracaju, em casa alheia. Baiana de nascimento. Um irmão, Fernando, ficara na Cidade do Salvador com um armazém no Largo da Saúde. Outro, Arlindo, fugira de casa e dele jamais se ouviu falar nem se teve notícias. Minha Mãe casou-se aos 15 anos. Sozinha, sem ajuda da família, sem apoio e sem proteção, criou os filhos, educou-os, assistiu-os nas longas vigílias noturnas, quando a febre os rondava, faminta, como se fora a mensageira da morte. Mas nunca fraquejou. Era franzina, esbelta, de um moreno pálido e de longos cabelos negros. Minha mãe era uma mulher bonita...”. Ainda em “Espelho do Tempo”, em “Auto-retrato”, ele estabelece sua dupla cidadania: “Sou filho da Cidade de Aracaju. Meu Pai sergipano. Minha Mãe baiana. Minha esposa, baiana. Meus filhos, sergipanos. Vivi metade de minha vida em Sergipe e metade na Bahia. Tenho tanto amor à velha Bahia como ao pequeno Sergipe. Assim sendo, já não sei distinguir, na minha vida, as suas coordenadas geográficas e sentimentais, isto é, onde para mim começa a Bahia e termina Sergipe ou onde começa Sergipe e termina a Bahia.”

Aracaju, sua casa-berço, mereceu dele as mais calorosas exaltações, tendo, inclusive, dedicado com muito carinho, dois dos seus melhores trabalhos: Roteiro de Aracaju e, “Aracaju bye bye.” Nesses livros ele registrou com tintas muito fortes o seu amor por esta cidade. O presidente desta Academia, Dr. José Anderson Nascimento, no seu livro “PERFIS ACADÊMICOS” que em breve será lançado, assim se manifesta sobre a forma como Mário Cabral fala desta Cidade no Livro “Roteiro de Aracaju:” “...Roteiro de Aracaju é provavelmente a bandeira literária de Mário Cabral. Nessa obra, o cronista apaixonado pela terra onde nasceu, faz um convite ao leitor para compartilhar esse mesmo bemquerer”. O convite tem luz e cor de quadro de Portinari.” E, citando trecho daquela obra: “Mal o sol desponta, toma conta da cidade, de maneira completa e absoluta, como se se tratasse de uma mulher amada. O sol enche de cintilações a copa do coqueiral, desliza sobre a água do rio, joga um manto de luz sobre a onda do mar, envolve num amplexo luminoso as casas e as igrejas, as ruas e as praças, os morros e as praias”. E nas crônicas: “A luz, O céu, O Nome, A fundação, ele traça uma lírica história de Aracaju:” “O céu da minha cidade, querida, é o céu mais lindo do mundo.” “Mário Cabral é o fotógrafo da cidade amada onde nasceu e vai com seus flagrantes compondo uma paisagem inesquecível das praias, das areias, dos morros, da planície, dos rios, das ruas, da vegetação, e enfim, do homem com suas vivências prazerosas, sofridas ou intrigantes”.

“Manuel Quebra Santo” tem uma história interessante. Nasceu no município de Estância, onde se batizou. Chamava-se, na verdade, Francisco de Jesus. Não era um patriota, pois, durante a guerra do Paraguai, fugiu ao recrutamento militar. Casou-se, em São Cristóvão, com Almerinda, natural de Mangue Seco. Era marítimo. E a mulher, não se conformando em esperá-lo, abandona-o. Não se deixou abater por esse golpe. Foi ser pescador e, como ficara sem Almerinda, arranjou, para começo de conversa, uma outra mulher, já sem a formalidade do casamento. Passou a ser partidário da poligamia, vivendo, ao mesmo tempo, com três mulheres. Desse modo, aos setenta anos de idade, na Atalaia Velha, contava com 66 filhos. Eis parte da relação: da ingrata Almerinda 3, de Agripina 1 e de Lindaura 11. Dos outros filhos ele não sabia, ao certo, a procedência. Mas que tinha 66 filhos, lá tinha mesmo, com toda certeza”. Escreveu o cronista sobre os tipos populares: “Cabo Lino”, um engraxate; Zé Cavalo, ex-combatente da Guerra do Paraguai e até o 14 Discurso de Posse de Domingos Pascoal de Melo ainda lembrado, “Tou te Ajeitando”.

Importa enfatizar que o lembrado acadêmico não se esqueceu das “fontes pobres e tristes”, dos transportes elétricos; do cinema; do teatro e do rádio; do velho cabaré Vaticano; dos velórios; do primeiro automóvel de Aracaju, em 1913, um Ford; das revoluções; dos hotéis e restaurantes; dos bairros; dos jornais e das revistas, além de tantos outros aspectos políticoeconômicos da cultura sergipana. Na Poesia de Cabral, a palavra poética e a palavra religiosa se confundem. Nela ele cria, pela imagem, mitos, exorcismos, hinos, ritos. Evoca, nas imagens surreais, o evangelista-poeta do Apocalipse. Ali Mário Cabral exprime uma realidade que nos estarrece. Sobre os poemas que compõem o Juízo Final. Ele diz: “Juízo Final é uma coroa de sonetos. Os versos não apresentam um maior trabalho de arquitetura literária: são versos simples, em busca tão-somente da captação da ideia essencial. O tema é forte, estranho, apocalíptico, em uma sucessão de quadros e de visões por vezes desconexas...”. “...No fundo, encerra um tema de ordem pacifista, sem cuja vitória integral e absoluta o mundo resvalará para o caminho inevitável da autodestruição...”.

São imagens fortes criadas pelo gênio cabralino e também citadas no livro “Perfis Acadêmicos” do Dr. José Anderson Nascimento. Era uma visão sem par dos continentes Pelo abraço dos mares irmanados O bafio sujo dos vulcões ardentes Crestava a messe dos viventes prados E a descrição aterradora prossegue noutro soneto: As árvores, legendárias, Através dos caminhos, Eram monjas rezando com fervor, 15 Discurso de Posse de Domingos Pascoal de Melo Enquanto o tredo espírito das furnas Punha de pé as maldições noturnas Cobrindo o céu de luto e de terror. Sombras passavam, fúnebres, curvadas Rumo à chama letal de luz sulfúrea... Bocas em maldição, alucinadas, Sorviam lama da mais torpe injúria... “Eu vi as negras nuvens açoitadas Cobrindo o céu de luto e de terror. Fácies de abutres, lívidas, pasmadas, À luz vermelha de sanguínea cor.” No conjunto de sua lapidar “COROA DE SONETO”, sofremos o pasmo de uma humanidade que marcha, porém conduzindo o seu próprio féretro. “E vi a humanidade, já perdida, Destruindo, ela própria a própria vida, No instante amargo da explosão final” E como são doces aos ouvidos as aliterações do soneto “Tempestade”... “Paira, presa no ar, procelosa porfia. E lenta e lassa e leve a loura luz solar Se espraia em sensações de essência singular, e é quimera, clarão, cálida cor sombria. Vibra e avulta, violenta, uivando a ventania. Morre o meio marasmo. Imenso emaranhar. Nuvens negras navegam o navio da anarquia, Desgarradas, descendo, em doido desfilar. Tenebroso trovão a terra toda atroa. Rola, ruge, regouga, em hórrido rugido E se vai, já perpassa e lá longe reboa. E a chuva chove enchendo charcos e baixios. E o rumoroso rio em rouquenho arruído Foge em fartos florões de flocos fugidios...”

Reafirmo, senhor presidente, senhoras e senhores acadêmicos, que não sou um homem de letras, mas um amante das letras, da literatura como interpretação mais profunda da alma dos homens, da essência dos fatos e da vida. É através dela que viajamos, sem riscos de tragédias, até o topo do mundo, de onde contemplamos o espetáculo da vida, envolta nas nuvens do mito. Senhores acadêmicos, não me julguem pretensioso por querer adentrar este augusto templo onde se cultua a palavra, pois me postarei genuflexo, e farei de minha permanência aqui uma profissão de fé neste instrumento de poder supremo, com que Cristo ressuscitou Lázaro, com que Hitler eletrizou a Alemanha, na fúria enlouquecida do seu delírio; com que Mahatma Gandhi libertou uma nação sem disparar um único tiro; com que Antônio Conselheiro resistiu em Canudos à prepotência republicana.

Desejo, pois, que o meu aprendizado aqui me possibilite cultivar a palavra em todas as dimensões e em todas as suas funções: - Na sua função LÚDICO-POÉTICA, para criar coisas novas e desnecessárias, num ato gratuito gerador de alegria. - Na sua função EMOTIVA, para manifestar sentimentos, delinear metas, desenhar projetos, esquadrinhar desejos e definir sensibilidades. - Na sua função APELATIVO-PROGRAMÁTICA, para marcar os meus compromissos políticos e sociais e mensurar minha caminhada na participação e comunhão com meu povo. - Na sua função COMUNICATIVO-HUMANIZADORA, para que, como um pássaro que emigra de minha voz, possa anunciar a verdade do que sou e do que pretendo ser. Senhoras e Senhores, ao entrar nesta casa, não pensem que entro só; entram comigo lembranças e pessoas que me fazem para sempre devedor por me abrigarem no seu território de afeto e de amor: meus companheiros do Movimento de Apoio Cultural Antonio Garcia Filho, meus companheiros de Trabalho, do Tribunal Regional do Trabalho, meus queridos amigos advogados, meus pares do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB, secção Sergipe, meus conterrâneos da CACESE, meus irmãos da Infonet, da Revista Perfil e da Info Grafics.

Agradeço a Deus, a quem sempre recorri nos momentos de angústias e dúvidas, por permitir a este seu ingênuo servo este momento de tanta glória. Grato aos meus pais, na pessoa de minha querida mãe, aqui presente, representando tudo o que fui e o que sou, dona Lídia Ximenes Melo. A ela agradeço por ter sido a minha maior e melhor professora nas lições da vida, do amor e do respeito; a meu querido pai, Sebastião Ximenes Melo, em memória, por tudo; mormente por me ter ensinado a verdadeira ética: a ética socrática. Ensinou-me, sem sequer ter escutado falar de Sócrates. Mas, por intuição, imprimiu em mim o respeito à regra, à lei, ao outro e a Deus: qualidade que procuro portar por onde quer que eu vá, só me arrependendo quando a esqueço ou a negligencio. Agradeço a Ana Maria, irmã querida, que aqui representa todos os outros irmãos que por motivos outros não puderam comparecer a esta solenidade de tanta significação para mim e para a minha família. Agradeço a um anjo que existe na minha vida a minha querida e muitíssima amada esposa Maria das Graças Monteiro Melo. Meu porto seguro de amor e de afeto. A minha filha querida, Ana Rita, por todas as lições que me ensinou na árdua função de ser pai.

Meus nobres acadêmicos, chego à ilustre companhia dos senhores, com a certeza de que a vida foi generosa para comigo, deu-me mais do que lhe pedi e mereci. Pobre de bens materiais, trago no meu surrão de sertanejo bens incontáveis de outra ordem: esposa e filha que são a alegria diária e o incentivo maior do meu trabalho; amigos perfeitos na amizade; muitas mãos estendidas e corações fraternais. E se houvesse merecido, poderia ter trazido mais bagagem, para compatibilizar-me com a riqueza de talentos que encontro nesta casa. Agradeço-lhes a gentil acolhida. E tenho consciência de que a vida aqui me põe diante de um novo caminho, largo e luminoso, mas que também se faz áspero e duro pelos compromissos e responsabilidades. Por isso peço a bênção de Deus e de todos, para que não me falte nunca o ânimo de caminhar. Obrigado!










domingo, 4 de junho de 2017

Barra dos Coqueiros terá uma Academia de Letras e Artes

Numa animada reunião, realizada no último dia 30 de maio, na Academia Sergipana de Letras, foi apresentada ao presidente da Comissão Especial para Registro das Academias, o imortal Domingos Pascoal de Melo, os membros da comissão pró-fundação da Academia de Letras e Artes da cidade de Barra dos Coqueiros.

Durante a reunião foi discutida, dentre outros pontos, a importância da entidade para a cidade de Barra dos Coqueiros e para a Grande Aracaju. Vislumbrou-se a possibilidade de parcerias em projetos de incentivo à leitura e em outros eventos artísticos e literários na cidade. Foi também definido um calendário de implantação da Academia e Domingos Pascoal se comprometeu a dar todo o apoio necessário à comissão para a fundação da entidade o mais breve possível.

A comissão é formada por Reri Barreto, geógrafo e escritor; Miraci Correia, assistente social e professora universitária especialista em Políticas Públicas e Mestre em Sociologia; Jane Velma, bióloga e mestre em Agroecossistemas; Cláudio Caducha, músico, compositor, graduado em História e pós-graduado em Gestão de Políticas Públicas e em Gestão Urbana e Planejamento Municipal; Feliciano José, bacharel em Filosofia, ator, crítico, diretor de teatro, poeta e ensaísta, especialista em estética, educação e arte e especialista em diversidade linguística; Valter Albano, publicitário, graduado em História e pós-graduado em Gestão de Políticas Públicas. 

Compõe ainda a comissão Jairo Almeida, militante social e membro do Fórum em Defesa da Grande Aracaju; Ivo Adnil, ator, diretor teatral, dramaturgo e atual presidente do Sindicato dos Artistas de Sergipe; Ideltino Barreto, geógrafo, pós-graduado em pedagogia empresarial; Gledson Soares, assistente social, ambientalista e atual presidente do Instituto Dona Sula e militante na área do meio ambiente, e Márcia Hora, pedagoga, pós-graduada em Didática do Ensino Superior.



Alunos-escritores do Ceará recebem premiação da III Antologia da LMC


O Concurso Literário da Loja Maçônica Cotinguiba, já na sua quarta edição, só tem crescido em quantidade, qualidade e também em abrangência. Na 3ª Edição, 2016, tivemos a participação de alunos de sete estados da Federação. No dia 22 de maio, a Loja Maçônica Cotinguiba se fez presente, através de Domingos Pascoal, na cidade de Groaíras, no norte do Ceará, onde houve uma solenidade, preparada pelo prefeito Municipal, Ueliton Vasconcelos, vereadores, Secretarias de Educação e Cultura e as professoras e professores do município, para a outorga de diplomas, medalhas e livros a seis alunos. 









Por: José Barros dos Anjos.                                                                                                       No dia 4 d...